30.8.05

retornei ao mundo virtual, com esse blog

ENCOSTEI meu rosto na porta esperando aquela pequena passagem direta e ver teu rosto suave rir.Peguei aquela luz laranja no teu rosto e aquele teu olhar, fim de tarde, vento no cabelo solto. Tive fé que fosse comigo. Queria eu, teus ombros acolheriam minha cabeça. Mas os olhos do menino dormiam suave e não era eu. Você não sorriu, não me disse nada, apenas me apanhou furtando um momento teu, isso me ligou a você, mas não você a mim, não necessariamente. Foi por tanto tempo que aquela tarde caiu, o tempo que leva para eu cair do alto do muro e o vento sentir o sabor do teu rosto. E eu sentir o suave perfume: esse suave perfume que brinca de adivinha comigo e, mesmo sem olhos, sei de ti.Veio de longe, um virar de rosto e perceber que eu te percebia. Aquele sorriso suave ganhar vida, enquanto eu cantava uma canção antiga. E mesmo sem motivo nenhum, tu vieste aproximou-te de mim, tocou meu ombro, sem razão alguma. Da mesma forma, encostei minhas costas no meu muro, sob o sol de uma conversa amiga. E ao passar, tornastes para ver-me, e não permitiste a ti tal gesto e recolheu-te.Percebi o quão silencioso são teus fatos. É a luz e o vento que fala de teu rosto, é teu perfume que me fala de teu corpo. Eu acreditando nesses sinais, nesse código que pode ser tão mentiroso, quanto tudo mais que me engana, como, mesmo, as tuas palavras: sempre repousados em terceiros, nunca na sua profundeza. Por isso, tive medo de afirmar diante de minha imagem no espelho, existe mais de mim em você do que palavras a testemunhar.Caminhamos juntos na rua, teus passos sinuosos encontraram com os meus, algumas vezes, e nos tocamos de ombros. Enquanto tuas mãos empenhadas em gestos, testemunhavam você. Eu testemunhava esse teu existir largo, quanto teus passos, que subitamente diminuíam, aproveitando o tempo, aquela conversa sobre a racionalidade do teu amor, que não é amor, me perdoe.Você não sabe, não conhece, não experimentou o que eu chamo de amor. Isso quebraria o teu silêncio, pois teria em ti o que encontro no ar, nas luzes e no vento a teu redor, que você mesma não quer ver. No teu sorriso, nos gestos, nos toque suave, no teu rosto, mãos, teu corpo todo, você teria em mim mais coisas suas do que poderia testemunhar. E tuas palavras encontrariam origem em teu coração, lugar donde brotaria uma fonte d’água que jamais seca e alimenta a candeia que jamais se apaga, que nunca se encontra escondida, mas colocada em alto lugar, para que todos possam ver. Que enfim, seria toda você, como você é.Enfim, tudo é simples, eu não devia dizer... mas, eu te amo.

1 comentario:

Anónimo dijo...

Olha meu bem,meu amigo: prá que dizer "eu te amo" sim ás palavras cair num análisis que doi a pele e a sangue de um? O que testemunha é o que sai do coraÇao,mais agente diz o que a cabeÇa dizer.